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2004/04/30

Enigma à sexta-feira 



Quem é?
Deu nas vistas aos 20 anos, acusado de falsificar assinatura de um colega na Escola, para comprar coisas em nome deste, mas não é Alves do Reis. Conseguiu ser expulso da tropa por adjudicar compras acima do valor de venda ganhando uma pipa de massa com a diferença, mesmo assim é reintegrado, promovido e passado à reserva no exército português, mas não é militar de Abril. Emprestava dinheiro a juros, dizendo que vendia electrodomésticos, mas não é a D. Branca. Ficou com dinheiro de um livro que ia ser editado pela igreja, mas não se chama João Paulo. Insulta todos os elementos das forças de segurança que lhe barram o caminho, e que alegam o não reconhecimento da sua pessoa, e o primeiro nome não é Aníbal.
Declara 30.000 contos de rendimento anual e compra 2 automóveis no dobro desse valor, mas não dá pelo nome de Damásio.
Futebol é com ele, só não dá xutos como o Ferreira Torres.
Se não fosse um apito ... ainda ia a Presidente da República.
Quem é? Quem é?


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2004/04/29

Mater Dolorosa 




É o nome da exposição inaugurada, por Paiva de Carvalho, dia 24 de Abril em Sintra. O artista, agora com 73 anos, iniciou-se nas Artes Plásticas em 1959. Pintor autodidacta, fez a primeira mostra dos seus trabalhos na Sociedade Cultural de Angola em 1961.
Senão puderem verificar, in loco, a força e beleza das suas pinturas, a Sanzala dá um cheirinho.
As imagens falam de um Povo que conquistada a independência, chora, não a alegria da liberdade, mas a fome, opressão e a morte!
Relembro uma frase colocada sob uma das pinturas: Prometeram-lhes "coisas de sonhos e de verdade", mas o que existe são corpos estropiados pelas minas. "Quanto custou a liberdade"?


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2004/04/27

Festa ... sem amigos não é Festa 



Atingidos os primeiros 2 meses de lembranças guerreiras, é altura de fazer um balanço sem deve nem haver, mas com muito a ganhar e como já há muito era pretensão, hoje são dadas as razões da existência do item Outras Tribos e seus respectivos links.
Resumidamente e muito resumidamente, posso dizer que este espaço não existiria, sem A Inzibidinha com a sua inspiração alegre, o carinho profundo, o especial poder de colocar estrelas no caminho mais escuro por forma a guiar a tribo para estes campos. As viagens d’ Abrupto, ou os sorrisos maliciosos recolhidos em Avatares Desejo , e a prosa crítica, mordaz por vezes libertadora de gargalhadas no Barnabé,nunca esquecendo o regresso aos aromas e imagens na kilumba do Bazonga, dando um salto para exercitar os neurónios no Enigmódromo, sabendo da simpatia, da força e vigilância de quem trabalha no Estaleiro, consciente de que em qualquer caso se pode contar com a iluminação das ideias inteligentes d’O Farol, acordado pela acutilância do tudo menos Introvertido, seguro pela atenta e estudada colocação de quem é Observador, descansando a vista ma contemplação do colorido arco-íris Outsider, finalmente relaxando dando umas olhadelas ao jogo do amigo Chico O Velho de Alfama.
Este enumerar de tribos vizinhas, só é possível a quem atingiu há tão pouco tempo um número de 4 dígitos, ali ao lado, no contador. Sei que se, os deuses nos permitirem a continuação nestas pastagens, outras se irão juntar, mas estas, aqui referidas, para além de tudo ainda foram nestes 2 últimos meses, vitimas de incursões diárias de guerreiros, eu sei prque estava lá, assíduos degustadores das iguarias criadas, recriadas, ou simplesmente expostas.
Para todos e na falta de cravos um ... Bem Me Quer!



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2004/04/26

A 26 o início do Regresso... 



Depois de uma ausência, não de exílio mas de repouso, onde as redes não chegam nem as celulares nem as netianas sem tempo ainda para ir visitar as modas da bloglândia, (o que espero fazer muito em breve, espero mesmo), deixo para logo que possível um diário de bordo deste descanso, que começou em terras do fim do mundo, Piódão, passou pelas pelas Aldeias Históricas e terminou em Castelo de Vide, a já chamada Sintra do Alentejo.


A festa do visitante 1.000 será muito em breve!

Sobre a condição humana
Todos sofremos.
O mesmo ferro oculto
Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta.
O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
Em todos dorme
A humanidade que nos foi imposta.
Onde nos encontramos, divergimos.
É sermos iguais que nos esquecemos
Que foi do mesmo sangue,
Que foi do mesmo ventre que surgimos.
Ary dos Santos


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2004/04/22

A Fátima de Felgueiras 



FELGUEIRAS
PGR «defende perda total do vencimento»
Fátima Felgueiras, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, deve ter «perda total do vencimento (...) por faltas injustificadas», segundo um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).


Pois é, se fosse o escriturário lá da Câmara já há muito que lhe tinham cortado o parco salário, mas também é verdade que a D Fátima sem o seu pequeno salário não poderia continuar as suas férias no Rio de Janeiro...

E porque demora tanto tempo a conclui-se ou a decidir-se? Salário é para quem trabalha, e não se esqueçam que o dos políticos sai um bocadinho do bolso de cada um de nós.



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2004/04/17

Desabafo... à noite! 



Eu não sou muito desta coisas... Mas hoje sucedeu-me algo que não quero deixar de partilhar.
De manhã recebi uma chamada de um vizinho a alertar-me para o barulho estranho que indiciava que algo de grave se estaria a passar na porta de minha casa, algo assim como um martelo. De imediato, liguei para a polícia. E corri para casa. Chegámos ao mesmo tempo eu e as forças de segurança, esta expressão... melhor deixar para os comentários. Os agentes à minha frente, e eu quase a empurrá-los.
E lá estava o individuo, sentado nos degraus em frente à porta de entrada, não sei se alertado pelos passos, ou simplesmente a descansar, de martelo e escopro, pousados ao lado.
Indagado sobre a sua pretensão, afirmou ser a casa dela e nela não conseguir entrar! A minha cara... os senhores de farda, viraram-se então para mim e perguntaram-me: -Tem alguma prova de que esta residência seja a sua?!...
Hã!
Respondi querer apresentar queixa por tentativa de intrusão...
Foi-me então solicitado que os acompanhasse à esquadra, mas que levasse ou a escritura da casa ou algo que pudesse comprovar que era eu o proprietário.
Eu como sou brando como os costumes do país, disse que ia tentar entrar em casa uma vez que a fechadura estava estragada, só o iria puder fazer com ajuda de profissionais, mas que faria apresentação da queixa com os documentos que me pediam.
Na esquadra!
Se julgavam que o twilight zone tinha terminado enganem-se!
Após ter lavrado queixa, perguntei o que se seguiria.
Disseram-me então que tinha sido dado início a um processo que iria dar lugar a um inquérito, que acabaria num julgamento, mas uma vez que jovem trabalhador, era tóxico o mais natural era ser encaminhado para tratamento, até lá ficaria em liberdade!
-No meio de tudo isto fica-me a ameaça... Oh bacano tens uma casa fixe, eu ainda lá vou entrar!
Pedi ao agente de segurança, que dado o estado psíquico do dito, se não seria de pedir a imediata intervenção de instituições, que pudessem resolver de imediato a questão. Já que o comportamento do "bacano" a qualquer momento poderia degenerar em agressão violenta...
A resposta foi: meu amigo ele é toxicodependente, isso já transcende a actividade da polícia!
Se houver uma explicação plausível para esta situação, digam-me! Se for só um pesadelo, por favor belisquem-me!
Boa noite, se conseguirem!


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2004/04/16

Boa noite. Eu vou com as aves! 




No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."

Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...

Boa noite. Eu vou com as aves!

Eugénio de Andrade, Antologia Breve


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2004/04/14

Datas 



Há datas que nos ficam na memória, seja por acontecimentos festivos, seja por outros menos alegres.
E não é por serem essas datas a única referência ou a única altura em que nos lembramos do que nelas se passou.
Fez hoje dois anos que a partida da minha Mãe para outras paragens certamente melhores que esta por onde vamos sobrevivendo, passaria a ser mais um dia que, no mínimo, trará a sua presença ainda mais ao nosso meio.
E há dois anos vivemos intensamente três semanas, que começariam no dia 19 de Março - Dia do Pai - passariam pelo dia 27 de Março - Aniversário natalício da Mãe, e culminariam neste dia 14 de Abril.
Mas não foi o fim, mas sim o começar duma nova etapa.

Olha Mãe, onde estás agora vai vendo o que por cá fazemos e ... puxa-nos as orelhas.

Um beijo


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2004/04/13

Outros combates 



Kasparov, Garry Kimovich, nascido a 13 de Abril de 1963, em Baku, Azerbeijão.
Fica na história do xadrez mundial pelo seu estilo agressivo rivalizando o estilo de Karpov sempre cuidadoso. As suas aberturas extremamente sofisticadas e complexas fruto de trabalho tido com computadores e outros xadrezistas foram o seu cartão de apresentação.
Com apensas 19 anos torna-se candidato a campeão mundial. Quem não se lembra do primeiro desafio Karpov-Kasparov iniciado no Outono de 1984. Foi um match ilimitado até 6 vitórias, mas nenhum dos dois teve sucesso durante 5 meses. Quando ao fim de 48 jogos se esperava uma vitória de Karpov que vencia por 5 a 3 pluft, Kasparov ganha os 2 últimos jogos. A decisão foi então adiada, para 1985.
Aí, Garry Kimovich, agora com 22 anos derrotou o seu oponente por 13 a 11, tornando-se assim no mais jovem Campeão do Mundo de Xadrez.

Mais uma prova da excelente colheita de 1963.


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2004/04/12

Apelos dum longe tão perto 



Saudades de outras Páscoas... Saudades de ausências presentes... Saudades...


Rumo

É tempo, companheiro!
Caminhemos ...
Longe, a Terra chama por nós,
e ninguém resiste à voz
Da Terra ...

Nela,
O mesmo sol ardente nos queimou
a mesma lua triste nos acariciou,
e se tu és negro e eu sou branco,
a mesma Terra nos gerou!

Vamos, companheiro ...
É tempo!

Que o meu coração
se abra à mágoa das tuas mágoas
e ao prazer dos teus prazeres
Irmão
Que as minhas mãos brancas se estendam
para estreitar com amor
as tuas longas mãos negras ...
E o meu suor
se junte ao teu suor,
quando rasgarmos os trilhos
de um mundo melhor!

Vamos!
que outro oceano nos inflama.. .
Ouves?
É a Terra que nos chama ...
É tempo, companheiro!
Caminhemos ...
Alda Lara


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Recebi este mail não conheço o autor, porque já se lhe perdeu a origem. No entanto, perder um bocadinho de tempo a lê-lo pode resultar numa boa diversão!

A juventude de hoje está perdida.
E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.
"Quem? ", perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus...

Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual ...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.

Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.

O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho ...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.

Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.

Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus" , que não existiam antigamente.

No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de "terno") nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração " rasca " ... Nós éramos mais a geração " à rasca " , isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto.

Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.

Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.

Será que alguém se lembra do: "E esta, hem!"
BOA SEMANA


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2004/04/11

Páscoa Feliz 



Olá.
Este desejo que aqui deixo, naturalmente que só terá significado para quem tem Fé. Mas Fé em Jesus Cristo RESSUSCITADO, o que ainda é mais difícil de entender. Por isso é que a Fé não é algo que se compre, que se alugue, que se pague a prestações... mas sim algo que se sente, se procura e que se alimenta.

Mas também para todos os que não acreditam em nada disto vão na mesma os meus votos de PÁSCOA FELIZ.



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2004/04/10

INRI 



Hoje faz anos que Jesus, o filho do carpinteiro José morreu.
Fazendo as contas fará hoje 1971 anos que foi crucificado. Razões apontadas, querer a paz, ter lutado contra as religiões instaladas, ser subversivo e o que terá mexido mais com as consciências, achar que os homens eram todos iguais.
Numa vista de olhos pela bloglândia, descobri que por vocação ou por provocação, alguns bloguistas resolveram por razões, que me vou abster de comentar, mas lá as deve haver e se em algumas até posso apreciar o humor, noutras pela pura vaidade e prazer de pura e simplesmente maldizer, provocaram este post.
Refiro-me, à discussão sobre como entender a fé de uns e a forma como outros reagem à crítica a essa forma de olhar a existência.
Preludiando, vou até aos meus tempos de infância momentos em que ensinei aos meus amigos que havia o sagrado coisas com as quais não admitia qualquer brincadeira algo que cresceu comigo e julgo comigo morrerá, refiro-me ao meu pai e a minha mãe, , podem criticar a minha forma de vestir, dizer mal do Benfica insultar todo e qualquer político, isso até acho graça, discutir a minha forma de existir, mas pai e mãe são sagrados.
Para uma melhor percepção do que tento transmitir, se alguém depois de ser avisado insistisse na provocação, o lado racional dava lugar ao animal, num português corrente, porrada pra cima.
Este entendimento, numa forma muito primária, do que é sagrado e como deve ser respeitado, deu-me a capacidade de saber até onde posso ir aquando critico ou dou a minha perspectiva de realidade em que outros vivem.
Comecei por referir-me a Cristo, pela data que vivemos, poderia falar de Maomé, ou Buda, ou outro, que tenha dado origem a alguma forma de valorização da vida humana, Gandhi, King, Mandela, Dalai.... Não posso entender o ridicularizar, de filosofias tão importantes para a existência do Homem, só pela forma como estas foram institucionalizadas ou seguidas A essência dos ensinamentos destes pensadores, abstendo de os referenciar com qualquer adjectivo conotativo de fé, será a de uma sociedade justa. Essa é a única realidade que importa.
Se eu disser que Gandhi escreveu: “Só podemos vencer o adversário com o amor, nunca com o ódio.” A resposta vai ser: “-Ena, man espectáculo, deveriam dizer isto ao Bush”.
Se eu gritar “Se alguém te bater, oferece a outra face ”, arrisco-me a ouvir “-Fénixxx, lá vem este com as merdas lá da igreja”!
Não sei se me fiz entender, mas este é o risco de se viver numa sociedade que de tanto ouvir dizer que é cristã, ou católica, esqueceu-se da essência dessa afirmação.
Senão um tal de George, aquando da solicitação de apoio para atacar um certo ditador, teria tido como resposta, uma frase com aproximadamente 1970 anos “Quem for livre de pecado que atire a primeira pedra”.
Boa Páscoa!


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2004/04/07

Cantarolando... 



Não resisti, ao som do meu "radinho de pilha", agora resta-me apelar à vossa imaginação...
What I got to go to make you want me?
What I got to do to be heard?
What do I say when it's all over?
Sorry seems to be the hardest word.

It's sad, so sad
It's a sad, sad situation....
That sorry seems to be the hardest word....

vozes Blue e Elton John.
Estou a adivinhar a véspera, ... do feriado!
Sorry seems to be the hardest word.


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No dia 7 de Abril de 1893 nascia José Sobral de Almada Negreiros, escritor e artista plástico.
Com apenas 12 anos já se dedicava às letras e aos desenhos, redigindo textos e fazendo ilustrações para os jornais A República e O Mundo.

«O mundo inteiro está sozinho. Cada pessoa vive isolada no meio das multidões. As multidões são formadas por indivíduos, por numerosíssimos indivíduos isolados uns dos outros.
As palavras caem perdidas no chão
.».
excerto da conferência realizada em Lisboa, 1932


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2004/04/06

Lisboa... 



Almoçando, sentado á beira Tejo, senti o privilégio de viver aqui!


A luz vinha devagar
Através do firmamento...
Vinha e ficava no ar,
Parada por um momento,
A ver a terra passar
No seu térreo movimento.

Depois caía em toalha
Sobre as dobras da cidade;
Caía sobre a mortalha
De ambições e de poalha,
Quase com brutalidade.

Miguel Torga

mais além - para os lados do corpo - permanece
a tosse dos cacilheiros os olhos revirados
dos mendigos - o tecto onde um navio
nos separa de um vácuo alimentado a soro

plátanos brancos recortam-se luminescentes no olhar
de quem nos olha contra um céu desesperado - jardim
de iris açucenas palmeiras cobertas de rocio e
a ponte que nos leva aos campos do sul - lisboa

Al Berto

Lisboa chorosa e forte,
Saudosa, infeliz, cantando
Na plangência de um harmónio
Cantigas que ouviu à morte!
Lisboa dos pátios sujos
Onde se ralha e se dança
Até romper a alvorada!
Descalça, de mãos na ilharga,
Impetuosa, vibrante,
Lisboa da garotada
Jogando a bola nas ruas.
Lisboa das horas mortas
Com namoros à janela.
Lisboa dos chafarizes
Onde a água é um cantar
De nautas e mariantes;
Lisboa das guitarradas
No lirismo dos amantes!
Lisboa das melancias
Descarregadas ao Sol
E aos berros no Cais da Areia.
Lisboa das noites lindas
E onde é oiro a lua cheia!

António Botto


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2004/04/05

Agostinho da Silva  




(13/02/1906 - 03/04/1994)
"Vocês nem imaginam como me tem preocupado essa série de incidentes com imigrantes brasileiros. Como base fundamental há o meu sentimento de que sou multinacional, isto é, por ordem alfabética, brasileiro, com minha capital em Itatiaia, mesmo no cimo de seu pico de montanha, e subindo de preferência pelo túnel, lugar bravio e apaixonante, onde comecei a aprender alguma filosofia com o grande mestre que foi, pelo que sabia e pelo que era como pessoa, o grande mestre Vicente Ferreira da Silva.(...)
(...)Quando Portugal manda embora um brasileiro está expulsando a si próprio, aquele que embarcou para o Brasil e levou, no navio de Cabral, uma Trindade Portuguesa, levando consigo o Culto do Divino, que se projecta para o futuro, criando o primeiro modelo do que vai ser um mundo de todas as raças e todas as culturas, para que um dia rompa uma cultura verdadeiramente humana. E com firme vontade de realizar através de todas as dificuldades aquilo que projectou.
Mas a verdade é que Portugal, está, às vezes de mau humor, porque a lei é estrangeira e violenta, a cumprir os deveres que tomou, quando voluntariamente, talvez por solidariedade, talvez por gosto de convivência, ingressou numa Europa Comunitária que, ao que parece, ainda se julga dona daquilo a que chamou Terceiro Mundo. É contra isto que o Brasil deve revoltar-se, não contra quem respeita a Lei. Adiante se irá. E pode ser que um dia seja Brasil, com Portugal, guia do mundo, guia do sonho"
.
Sempre actual o Professor, 10 anos depois, a memória de 3 de Abril, dia em que se despediu desta existência, ainda as questões da emigração são alvo discussões acaloradas.
Para além do tempo ... o pensamento.


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2004/04/04

Nostalgia de final de fim-de-semana 




"Porque eu não gosto que leiam meu livro levianamente. Dá-me tristeza narrar essas lembranças! Faz já seis anos que meu amigo se foi com seu carneiro. Se tento descrevê-lo aqui, é justamente porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo o mundo tem amigo. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por causa disso que comprei uma caixa de tintas e alguns lápis também. É duro pôr-se a desenhar na minha idade, quando nunca se fez outra tentativa além das jibóias fechadas e abertas dos longínquos seis anos! Experimentarei, é claro, fazer os retratos mais parecidos que puder. Mas não tenho muita esperança de conseguir. Um desenho parece passável; outro, já é inteiramente diverso. Engano-me também no tamanho. Ora o principezinho está muito grande, ora pequeno demais. Hesito também quanto à cor do seu traje. Vou arriscando então, aqui e ali. Enganar-me-ei provavelmente em detalhes dos mais importantes. Mas é preciso desculpar. Meu amigo nunca dava explicações. Julgava-me talvez semelhante a ele. Mas, infelizmente, não sei ver carneiro através de caixa. Sou um pouco como as pessoas grandes. Acho que envelheci.
Saint-Exupéry


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2004/04/02

Mas também há coisas boas! 



E essas Meu Deus, são por exemplo as CRIANÇAS. Mesmo aquelas que às vezes nos tiram do sério, mesmo aquelas que nos fazem comentar: será que não páras um bocado. Mas sem dúvida que elas são a fonte da nossa juventude, ou pelo menos do nosso espírito juvenil.

Agora por favor, não as maltratem, seja em Portugal, em Moçambique, no Brasil ... onde quer que habitemos.

Meditemos no fim-de-semana.


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Amar o universo não me traz mágoa.
sobretudo,amar a areia
arrebata-me de júbilo e paixão.
Amar o mar completa a minha vida
com o tacto de um amor imenso.
Mas veio o vento e ,por momentos,
amargurou o meu corpo,a oscilar.
E está o Sol aqui,depois de uns dias
com o jardim obscurecido a beber sombra.
E sei que os átomos zumbem
e dançam como os insectos,
ébrios em redor do pólen.
Fiama Hasse Pais Brandão


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Hoje acordei ao som de recordações, aqui fica um cheirinho!

April come she will
When streams are ripe and swelled with rain
May she will stay
Resting in my arms again...
Paul Simon

Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Zeca Afonso

Hoje sim é o primeiro dia de Abril! Ontem?!
Ontem foi mentira!


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