<$BlogRSDUrl$> /* ----------------------------------------------- Template Design Nome: Grande Chefe Designer: Guilherme ----------------------------------------------- */ Lembranças dos Guerreiros bgcolor="#FEEDDF">

2004/06/30

As cores do dia... 



Vermelho verde, Vermelho verde...
Vermelho verde, é coisa que há?
É uma coisa que se perde
Quando a gente não está lá.

com o perdão de Fernando Pessoa

Mas a gente vai estar lá e a gritar
Marca mais!
Corre ainda mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Queremos muito mais!


Vamos fazer frente ao laranja!
Luís Felipe Scolari


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(...)
A queda da laranja provocará o poema?
A laranja voadora é ,ou não é,uma laranja imaginada por um louco?
E um louco,saberá o que é uma laranja?
E se a laranja cair?E o poema? E o poema com uma laranja a cair?
E o poema em forma de laranja?
E se eu comer a laranja,estarei a devorar o poema?A ficar louco?
(...)
E a palavra laranja existirá sem a laranja?
E a laranja voará sem a palavra laranja?
E se a laranja se iluminar a partir do seu centro, do seu gomo mais secreto,e alguém a (esquecer) no meio da noite-servirá(o brilho)da laranja para iluminar as cidades há muito mortas?
E se a laranja se deslocar no espaço-mais depressa que o pensamento, e muito mais devagar que a laranja escrita-criará uma ordem ou um caos?(...)
Al Berto - Prefácio para um livro de poemas


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2004/06/28

Sem título 



(...)
Cos these are the days of our lives
They've flown in the swiftness of time
These days are all gone now but some things remain
When I look and I find no change
Queen These Are The Days Of Our Lives



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Quarta-feira, sobremesa.
Não me importo que até vão para Bruxelas...
Não nos deixem é cá, umas mais azedas, do que as dos últimos 2 anos!...


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2004/06/25

Feriado decretado tardiamente... 



Hoje não me apetece fazer nenhum!
Dado o esforço desenvolvido durante a noite, só ficava bem ao poder político considerar o dia de hoje, Feriado Nacional.
Na ausência do grande chefe, declaro feriado na tribo e aproveito para chamar a atenção para as novas tribos, destino de incursão diária dos nossos guerreiros. Foram adicionadas ali à esquerda, O Canto do Melro e O Finúrias este link não é o nome do blog, questões higiénicas, ditam esta alteração (a rir).


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Ontem Moçambique, antiga colónia portuguesa, festejou 29 anos de independência, ao som de milhares de gargantas a gritar PORTUGAL... PORTUGAL ... e de bandeiras portuguesas trazidas pelos ventos da história agitadas pelas ruas!
Coincidências...


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Rendido aos pedidos insistentes de diversas famílias, ontem, directamente do trabalho arranquei para o Parque das Nações. Gente e mais gente, tanta era que já não havia lugar dentro do improvisado estádio com ecrã gigante. Mas quê isto, não me chega a ansiedade do combate próximo, e ainda não me querem deixar participar, isso é que era bom... eu faço parte da equipa!
Lá arranjei um cantinho do lado de cá da cerca, eu e as famílias responsáveis, por eu ali estar. Depressa esqueci a minha sala e fixei-me nas imagens. Pimba golo dos bifes... Acham possível sai um gajo de casa para ficar de pé e ainda por cima estes cabr... marcam aos 2 minutos.
Não podia ficar quieto. Ajudado pelos que me rodeavam, guineenses, franceses, brasileiros, checos, italianos, espanhóis, que vim a saber eram família do nosso Quaresma (o do Barcelona), gritávamos PÓRTUGÁLO e ai timidamente os meus amigos portugueses resolveram juntar-se. Agora sim ouvia-se PORTUGAL. Sala que sala eu já estava no estádio, agora segurem-me!...
Héder Postiga GoloooooooooOOOOooo... e ali estou abraçado a gente que nunca vi a receber beijos de mulheres em várias línguas, (e de homens também, que os franceses e os italianos tem essa mania, mas festa é festa).
Rui Costa GOOoooOOOLLLLoooooo, o céu desceu à terra, a lua saiu de trás das nuvens para festejar, o sol ainda quis aparecer, mas depois os ingleses podiam protestar, pela utilização de jogadores a mais e sem nacionalidade portuguesa, e o sol rodopiou lá pelas Fiji!...
Mas os bifes eram duros e lá nos prolongaram o sofrimento!
Ricardo entre os postes, sem as luvas, segue o conselho de Eusébio, fixa os olhos de quem vai marcar a grande penalidade, atira-se e defende... Saltei abracei beijei, ...e a certeza veio rápida, Ricardo, sim o mesmo vai marcar marca e GOOLLLLOOOOOOO!....
E a minha família aumentou, em cada rua, em cada janela, em cada sorriso, cruzou oceanos via sms numa emoção incontida. Como diria o meu amigo Perestrelo “É disto que o meu povo gosta!”
Haja o que houver ficou no coração a selecção de todos nós!
P.S. Depois das tapas, foram os bifes, o meu palpite pra sobremesa é laranjas!


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2004/06/24

Já se ouvem os tambores ... 



Preparam-se as pinturas, retiram-se as bandeiras do repouso, das varandas, das janelas dos quintais, aclaram-se as vozes. Como a ansiedade aumenta, exercitam-se os corpos. A hora do embate aproxima-se. Nos rostos a normal tonalidade da pele é sustituída por cores garridas. A cor branca da cidade é transformada num vermelho e verde que a preenche.
Esquecem-se as filas das finanças, o trânsito caótico, o mau serviço de saúde, o aumento dos impostos, a arrogância de quem nos governa, porque todos gritamos no estádio, nas ruas em frente as televisões:
Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

O conceito é muito simples: não desistir.
Mas será que é chato aquilo que acabamos de pedir?
É chato agora, acreditem no que digo:
nós jogamos em casa e contamos com o Figo,
o Rui Costa, o Deco, o Simão e o Pauleta.
Razões para querermos muito mais que um lugar que não comprometa.
Será de mais pedir a taça?
Nada que um adepto com o mínimo de orgulho não faça.
Bonito, bonito, é dar o litro,
É não passar a vida a pôr culpas no gajo do apito.
Vá lá gritar noventa minutos, cento e vinte, o que for
do princípio ao fim, por favor.
Vamos lá, afinem-me essa voz
No fim, só ganha um… e temos que ser nós.

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!




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2004/06/22

A este planeta visitante 



É um sonho ou talvez só uma pausa
na penumbra. Esta massa obscura
que ela revolve nas águas são estrelas.
Entre aromas e cores, um barco de calcário
prossegue uma viagem imóvel num jardim.
Vejo a brancura entre os astros e os ramos.
Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra
e que tudo ascende sob um sopro silencioso.
Nenhum sentido mas os signos amam-se
e o brilho e o rumor formam um mundo.

Máscaras, panos coloridos, sorrisos, beleza, emoção, alegria, muita alegria mesmo na frustação das derrotas. No meio dos nacionalismos um fim das fronteiras.




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2004/06/20

Vitóriaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 




Asta la vista Espagna!
Vou voltar pra festa!...


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2004/06/18

Cerveja... 



A Centralcer vendeu, num dia, 2,4 milhões de litros de cerveja.

Numa primeira análise, o país desperdiçou uma grande quantidade de energia, por essas árvores, wc’s e cantinhos mais ou menos escondidos.
Mais uma oportunidade perdida, neste caminho rumo ao futuro!
Estas são frases recolhidas em Albufeira-Algarve-Portugal, porque na tribo também temos serviços de informação, claro, e estas podemos partilhar!

“Por vezes, um homem inteligente é forçado a ficar bêbado para passar um tempo com os burros.”(Ernest Hemingway) – Adepto português, numa esplanada cheia de ingleses.

“Vinte e quatro horas num dia, 24 cervejas numa caixa. Coincidência?”
(Stephen Wright) - Adepto inglês, depois de ter perdido o relógio.

"Comecei a beber por causa de uma mulher... e nem tive oportunidade de lhe agradecer..." (W.C. Fields) - Adepto inglês, segredando ao ouvido de Zézé Camarilha.

"Cerveja é a prova de que Deus nos ama e quer que sejamos felizes!"
(Benjamin Franklin) – Adepto inglês vindo do Algarve e perdido em Fátima!


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2004/06/17

Rematei e .... 




Gritei Goooooooollllloooooooooo!
Desculpem a rouqidão... e os meus vizinhos, o barulho, mas ...
Gosto de ver estes jogos, de grande emoção, na privacidade da minha sala, por aí não haver câmaras, nem outros olhos que censurem os meus gestos mais ou menos infantis e as minhas reacções instintivas. Principalmente porque preciso de espaço, o que não existe nos estádios, nem nos locais onde há mais gente a ver. Querem ver porquê? Então em jeito de segredo, posso dizer que ontem saltei, rebolei no chão, ajoelhei (sem rezar)gritei, corri pela casa... se pretendesse analisar este comportamento poderia dizer: paixão pelo futebol; patriotismo; necessidade de escape; regresso à infância... Mas como não tenho essa pretensão, e só quero dizer que hoje me sinto um pouco cansado (PDI), feliz, aliviado e como nem tudo são rosas, com uma ligeira dor de cabeça (sem comentários).
Espero a próxima segunda-feira, com este mesmo aroma!
Contra os Espanhóis, marchar, marchar. (só no futebol, pois tá claro!)


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2004/06/10

Continuo a ouvir... 



Everytime we say goodbye I die a little
Everytime we say goodbye I wonder why a little
Why the gods above me who must be in the know
Think so little of me
They allow you to go

And when you're near
There's such an air of spring about it
I can hear a lark somewhere begin to sing about it
There's no love song finer
But how strange the change from major to minor
Everytime we say goodbye

Everytime we say goodbye I die a little
Everytime we say goodbye I wonder why a little
Why the gods above me who must be in the know
Think so little of me
They allow you to go

When you're near
There's such an air of spring about it
I can hear a lark somewhere begin to sing about it
There's no love song finer
But how strange the change from major to minor
Everytime we say goodbye
Everyime we say goodbye
A lembrar no album: Genius & Soul, The 50th Anv. Coll. Vol. 2

23/09/1930 ...
Até sempre Ray Charles...


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2004/06/09

É a vida... 



Prof. Doutor António Luciano Pacheco de Sousa Franco,
a crer nas palavras de companheiros, camaradas e adversários:
A excelência do político só é atingida com a morte!

"A morte, você me diz, a minha e a sua, anda cada vez mais perto,
Sofremos e este pobre mundo ainda não foi o bastante.
A terra negra e púrpura das hortas
Estará aqui, quer alguém a veja, quer não.
O mar, como hoje, vai exalar seu hálito das profundezas.
Diminuindo, desapareço na imensidão, cada vez mais livre."

"CZESLAW MILOZ"



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2004/06/07

Rock-in-Rio-Lisboa 2004 (finito) 



Chiuso, close, fermée, féchádô, hasta 2006.

Solicitações/recomendações/exigências, (se me quiserem lá na próxima vez) transmitidas de viva voz, à organização...

Regressos imprescindíveis: Ben Harper, Evanescence, Black Eyed Peas, Ivete Sangalo, Alicia Keys, Sting.
Regressos toleráveis: Gilberto Gil, Foo Fighters, Metallica, Daniela Mercury, Alejandro Sanz, Peter Gabriel.
A nunca mais ver: Britney Spears.

A corrigir na estrutura:
Tenda VIP, desnecessária (invólucro e conteúdo); arrelvar recinto; obrigatório; colocar wc’s “auto-clean”, aconselhável; não deixar entrar no recinto, a Britney Spears, imprescindível...
Os bilhetes, senão mais baratos, que mantenham este preço, porque depois da retoma, do ano que vem, (vá lá, esperança) seremos, com certeza, aumentados em 20% (optimista démáis).
Ah! Já me esquecia, colocar a tenda da RFM, num local mais perto do palco, a pedido de diversas famílias (esta não disse à Roberta... esqueci-me a memória já não é o que era.)


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2004/06/04

Portugal 



Hoje a tribo começa a campanha por um país solidário, onde realmente todos possamos sentir orgulho de viver.
Para tal, vamos votar dia 13. Queremos, no entanto, referir que este acto será de protesto, contra a forma como temos sido tratados por todos os potenciais eleitos, não mostramos cartões amarelos nem vermelhos, porque a mistura de realidades, não serve em nada a imagem de seriedade de quem nos governa.
Vamos também, segurar a bandeira, colocada ali na barra lateral, bem alto, para sermos mais um elemento, o 12º jogador da nossa selecção.


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2004/06/03

Desperado... 



Vício versus impunidade.
Quando a situação nos foge ao controlo.
Sentimos a queda a qualquer momento.
Os sonhos infantis de membros presos perante algo assustador que se aproxima.
Uma vida em roda livre que como uma avalanche, tudo no caminho arrasta.
A cocaína entrou num membro da família. Doença para uns, impunidade total para outros.
O crescimento da adição espalha-se como câncer.
As opiniões divergem, o que fazer, como actuar... tudo esbarra no politicamente correcto, e na tabuleta de indefesos, muitas vezes até comparados a grupos étnicos minoritários, continuam a deambular, zombies, impunes os agressores, os ladrões, os potenciais assassinos.
A grande diferença deve ser colocada entre toxicodependente e drogado. Os primeiros tudo tentam para voltar a uma vida normal, os outros consideram uma obrigação a sociedade sustentá-los e proporcionar-lhes o prazer, de viver no mundo da ilusão do speed.
Aos primeiros a minha admiração e respeito.
Meus amigos estou cansado de viver nesta sociedade, em que as vitimas são réus e os transgressores protegidos. Sinto-me sozinho a remar contra um mar, em que é cada um por si, em que o indivíduo é cada vez mais isso mesmo, um ser só entregue a si onde o significado da palavra solidariedade passou a ter como objectivo o expurgar dos pecados do egoísmo diário.
Desculpem o desabafo... Coisas de quem anda nesta constante guerra...


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2004/06/01

Quotidianos...  



Subia um pouco a perna esquerda pressionava com o pé direito, eram já movimentos maquinais a verdadeira fusão homem máquina dava-se precisamente naquele instante sem que de tal se apercebesse. Como ali a cena repetia-se em milhares de locais do planeta, sem sentido especial a não ser o de locomover-se, em princípio sem esforço aparente. Apesar da monotonia era nestas horas que finalmente podia perder tempo em dissertações sobre o sentido da vida “meanning of life” se é que algum sentido, tinha então duas horas de manhã e outras duas ou três ao final do dia para exercer aquela actividade que para a qual sentia que tinha sido criado, pensar ou seja tornar-se o Ser intelecto ou Homem.

Mais um metro, metro e meio, isto hoje promete, as luzes vermelhas estendem-se até onde a vista alcança, entre as duas da frente que de vez em quando se apagam aparece um rostinho que esboça um sorriso, tímido quanto baste, de uma sinceridade que vale cinquenta bons dias dados aquela gente que habita lá na torre, devolvo-lhe o cumprimento, com um aceno e um beijo atirado através do vidro e da bruma fria que envolve a manhã de Inverno, quase que ouço o riso demonstrando a aceitação do carinho, seguindo-se de um brincar de aparece e esconde que nunca recuso.

“Tenho medo de ficar como as pessoas adultas que só pensam em números…” vinha-lhe sempre esta frase à cabeça do velho e sempre actual “Principezinho”, por mais que passassem os anos a criança irrequieta, traquina e tantas vezes irresponsável despontava, seria assim com todos? Por exemplo, aquele homem de bigodes no carro do lado charuto no canto da boca e o fumo a área anteriormente respirável, com aquela cara não era de crer que ainda se lembrasse de como era há uns quarenta e muitos anos atrás.

Quando a cabecinha loira aparecer vou tentar propor-lhe outra brincadeira. – Olha! Psssttt… Ah! Já percebeste. Aponto para o carro do lado e pondo as mãos abertas com os polegares junto às orelhas, abano os dedos e ponho a língua de fora e aponto na direcção do bigodes… Isso mesmo aí estava uma réplica perfeita, com um charme que já me é impossível, na direcção do vizinho circunstancial e carrancudo, uma careta como mandam as regras.

A primeira reacção foi de completo desprezo, com o seu ar de dono do mundo, no empreiteiro mobile, apelido com o qual denomino aquela marca de automóveis. Continuei atentamente a observar a situação, qual cientista que fez uma mistura de reagentes possivelmente explosiva e ansiando pelos resultados que podem dar novos horizontes à humanidade, hipóteses várias, esperança quase nenhuma, medo talvez algum…

Vejam lá apesar de não dar por isso já percorri quase toda a distância, obrigatoriamente percorrida à velocidade de meio quilómetro por hora aproxima-se, pois, a hora da separação, ou seja o fim do teste, havia que apressar a reacção, condimentá-la ou corro o risco de não obter resultados, o que tornaria a experiência num fracasso. Continuando a sorrir comecei a entortar os olhos, espicaçando cada vez mais o meu companheiro da frente, levando a intensificar as carantonhas “medonhas” daquele palminho de cara. E… Reacção, finalmente, custou, mas … A noite deve ter corrido mal ao coitadinho do bigodão, só pode. Pondo o braço de fora exibe uma mão, que para os que não acreditam na teoria evolucionista provoca um sério revés, ele conseguia ter mais pelos na mão que sobre o lábio e ameaçava com um semblante tal, que me abstenho de descrever para não ferir as susceptibilidade dos mais sensíveis, o pobre do meu amiguinho, de umas boas palmadas, o qual assustado com tanta agressividade se encostou ao banco de quem o conduzia, provavelmente a sua mãe, procurando protecção.

Estávamos sobre o sinal luminoso do nosso descontentamento a experiência tinha terminado, tinha o resultado, só que este tinha ultrapassado em muito as hipóteses mais pessimistas, e como tal não poderia deixar a figurinha amedrontada que seguia à minha frente sem expressar a minha solidariedade com os mais fracos e particularmente com ele. Pondo a mão sobre a buzina, pressionei duas vezes, o que foi mais que suficiente para chamar a atenção da figura do meu mais remoto antepassado, pois o sinal ainda se encontrava vermelho, e naquele cérebro calcinado pela cidade de cimento não havia razão para tal procedimento, a não ser …

Eu, tal reflexo do meu alegre amiguinho, um pouco ampliado na língua e na intensidade com que dava aos dedos ao lado da minha cara contorcida por um esgar de desprezo, perante o rosto atónito do empreiteiro, sem desrespeito para a classe, uso simples de uma descrição que serve pela imagem que cria, em completo estado de êxtase, dando-me o tempo suficiente de olhar em frente e ver a carinha por debaixo dos caracóis loiros soltar uma gargalhada e dar um salto de alegria. Estava reposta a justiça, agora só havia que acelerar, pois estava verde e não havia interesse algum na reacção da cobaia dois, colado às luzes vermelhas agora apagadas do transporte do meu pequeno príncipe, qual escolta real segui durante alguns metros, deixando para trás um coro de buzinas atrás do bigode despedaçado na batalha da careta.


De mim para todas as crianças, mesmo essas existentes atrás das máscaras adultas de responsabilidade!


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