Primeiro Carmona ganha as eleições, PSD faz da câmara local de pagamento de serviços prestados ao partido. Só nos gabinetes dos seus vereadores são colocados cerca de 110, (fora o do próprio) cuja experiência profissional deixa muito ou mesmo tudo a desejar. Digamos que os curriculae estarão entre a associação de estudantes, o escutismo ou mesmo a catequese.
Bloco de Esquerda liderado por Sá Fernandes, não confia em funcionários e constitui um Gabinete só com prestadores de serviço, vulgo recibos verdes 14 no total, quanto à sua prestação dado o gosto pelas objectivas, é conhecida de todos.
PS dispensa todos os que colaboraram com os vereadores no mandato anterior, com excepção da intocável esposa do presidente da CM da Porcalhota, digo Amadora, e contrata entretanto 26 recibos verdes e adormece, acordando de quando em vez, pelas intervenções da vereadora Seabra ou pelas quezílias pessoais do vaidoso Gaioso com o Baptista invisível, qual luta de galos, oposição é deixá-la para o PSD.
O PCP graças à sempre lutadora Rita, lá vai dando alguma luta, não deixa porém de contratar 5 de fora, mas louvor lhes seja feito, foram os mais comedidos, mas como não há bela sem senão, também borra a pintura no apoio à criação da empresa municipal de desporto, mais uma. Segundo conversas ouvidas na assembleia municipal, os deputados comunistas teriam engolido não um sapo mas uma sapa, e se quiserem saber o nome da dita, basta verem quem é nomeada presidente do conselho de administração, a cara-metade do impoluto Ruben.
Por fim o PP, Maria José cheia de seriedade, trás de novo para a casa a inesquecível “vereadora substituta” Orísia, que o diga o Feist, culpado da primeira entrada da espécimen na CML. E como um mal nunca vem só a seríssima Nogueira foi buscar às fileiras do seu partido mais 8 contratados.
O, vocês sabem que eu sei que vocês sabem que ela sabe, que eu sei o que ela fez pela cidade, diz tudo sobre a prestação deste partido.
E como estamos a falar de tudo gente séria, nomeou-se, no entretanto, administradores, directores e outros quejandos para as empresas municipais e para umas chamadas sociedades de reabilitação, que em 5 anos só reabilitaram as suas próprias sedes, tudo gente a ganhar pouco e trabalhar muito.
Agora que a câmara caiu, há que repensar a forma de governo da Cidade de Lisboa, a escolha dos eleitos pelos partidos. Questões como: deverão ser as secções partidárias a escolher entre os seus pares, os futuros governantes da maior câmara do país?
Os eleitos devem sê-lo pela sua capacidade de colar cartazes e angariar votos ou pela experiência profissional e de gestão?
A colocação de administradores, deve ser imposta por desígnios alienígenas ou limitada por capacidade curricular devidamente comprovada?
As benesses e número de assessores deve ser regulamentadas, ou ao gosto de cada “freguês”?
Os executivos devem ser fiscalizados pelos órgãos eleitos ou pelos partidos que os apoiaram?
Ou então a questão que vai estar a vaguear na cabeça de muitos, vale a pena investir (votando) em outros luminosos futuros, obscurecendo o nosso?